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Conceito e aplicações da Neurodinâmica - 21/04/2022

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A terapia neurodinâmica é composta por um conjunto de técnicas de avaliação e de tratamento, baseadas na funcionalidade e na estrutura do tecido nervoso. Este é fonte de várias patologias, mas também é o ponto a partir do qual se devem incidir diferentes abordagens/tratamentos de condições que nem sempre são neurológicas. 
 
Partindo do pressuposto que o tecido nervoso é contínuo e interconectado (tanto no plano funcional como físico) devemos considerar que se pode gerar tensão num determinado ponto da estrutura, implicando um efeito de mobilização num outro ponto da estrutura mais distante. 
A partir deste conceito, o movimento é específico da estrutura mobilizada, não afectando os tecidos subjacentes, e portanto, torna-se um ponto a favor no tratamento de certas condições/patologias, como aquelas em que há compromisso de estruturas nervosas. 
 
São muitos os estudos que confirmam a vantagens desta abordagem e relegam para segundo plano a imagem dos nervos como simples transmissores de impulsos. Efectivamente, os nervos periféricos são estruturas dinâmicas com muitas funções fisiológicas e mecânicas que assumem forças de tensão, deslizamento e compressão ao adaptarem-se aos movimentos do corpo humano. 
 
Por todos estes motivos, é fácil perceber que esta abordagem foi ganhando valor sendo, nos dias de hoje, cada vez mais utilizada por fisioterapeutas que estudam as diferentes componentes do sistema nervoso central e periférico como forma de complementar a sua intervenção junto dos seus pacientes.
 
Enquanto terapia conservadora, a abordagem neurodinâmica, apresenta contra-indicações muito limitadas e vantagens demarcadas no tratamento de condições relacionadas com dor crónica.
 
Os seus benefícios permitem obter óptimos resultados em variadas patologias comuns. É considerada uma abordagem de uso frequente em síndromes/distúrbios ou compressões neurais- como o síndrome do túnel do carpo (comum em pessoas que realizam movimentos repetitivos da mão e/ou do punho) , ou em aderências. Além do mais, é uma abordagem não dolorosa. 
 
Porém, antes de iniciar qualquer tipo de intervenção devemos explorar e avaliar as diferentes capacidades e limitações funcionais do paciente, bem como condicionar o ponto de partida da terapia aos resultados obtidos. Da mesma forma, é fundamental reavaliar a evolução, adaptando as diferentes possibilidades às conclusões. 
 
O paciente deve adoptar um papel activo no seu processo de reabilitação. Isto, como trabalho complementar ,orientado pelo fisioterapeuta ,para optimizar resultados.
 
Por tudo isso, a neurodinâmica tornou-se uma das especializações de formação mais exigidas pelos profissionais de fisioterapia, tornando-se essencial para os fisioterapeutas que intervêm na reabilitação da dor e do sistema musculoesquelético.